Como muitos já sabem, o Ensino Médio está em processo de mudança. Esta etapa do ensino, seja em escolas particulares ou públicas, precisará se adaptar a novas realidades de formação que garantam, ao mesmo tempo, aprendizagens comuns aos alunos e oportunize flexibilidade de aprofundamento em áreas específicas e de escolha do aluno.
O Novo Ensino Médio, como está sendo chamada a reforma, é tema de muitas reflexões, principalmente para gestores e professores. Todas as mudanças têm previsão de ser implementadas em 2022, e o novo programa é ancorado na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), um documento que norteia a elaboração dos currículos pelas escolas. Nele, estão referencias para definir o que os estudantes devem aprender e por que caminhos isto pode ser feito de forma mais flexível.
As escolas, inclusive as que fazem parte de nossa Rede, estão em processo de adequação a fim de alinharem-se ao que o Ministério da Educação (MEC) exige. O importante é antecipar planejamentos, organizando a construção dos novos modelos.
O modelo do Novo Ensino médio foi desenhado para ir de encontro ao que já é feito em países desenvolvidos nos últimos anos. Construir um tipo de formação em que os jovens conversem com a realidade e o mundo em que estão inseridos. No modelo antigo, com 13 disciplinas obrigatórias, não havia possibilidades de direcionamento de interesses, ou aprofundamento em áreas que o estudante deseja, de fato, se especializar. Com o novo processo, o aluno poderá focar-se em áreas que vão de encontro aos seus interesses. Ele poderá definir os passos necessários para trilhar a vida futura.
O novo Ensino Médio pretende responder a demandas emergentes do mercado de trabalho. Se antes, a grade curricular era engessada, com a mudança, há possibilidade de criar ambientes de aprendizagem mais ricos e produtivos. As novas configurações dos componentes incentivarão o desenvolvimento de práticas interdisciplinares. Além do mais, um grande desafio e oportunidade para docentes e escolas é a definição dos itinerários formativos.
A autonomia e proatividade se tornam essenciais, tanto para alunos, quanto para gestores e professores, e isto também fortalece o protagonismo do aluno, que passa a ampliar sua atuação e prática estudantil rumo à construção de “um projeto de vida”. Embora desafiador, as escolas podem investir em projetos voltados para o aperfeiçoamento, satisfação, enriquecimento cultural e vocacional de seu grupo de alunos. Consequentemente, entregará ao mercado de trabalho cidadãos e profissionais mais conscientes e melhor preparados para a vida.
Outra tarefa desafiante será focar investimentos, também, em infraestrutura e tecnologia. Formar professores, oferecer espaços personalizados para as aulas, fornecer recursos (físicos e virtuais) funcionais e intuitivos, laboratórios aperfeiçoados e materiais didáticos adequados às novas exigências. Esta é uma tarefa a que o Sistema Interativo está dedicado a potencializar via material didático.
Professores e alunos também deverão acostumar-se com uma carga horária maior. Atualmente, a jornada escolar mínima anual é de 800 horas. Com as mudanças, cada escola deverá organizar-se para oferecer, no mínimo, mil horas de estudo por ano. Portanto, 3 mil horas durante todo o ensino médio.
Por meio de debates, trabalho em equipe, abertura para discussão de novas metodologias será possível adequar as escolas para a nova realidade de aprendizado esperada para o Ensino Médio. Unidos em prol destas mudanças, em sua execução de forma saudável e com sucesso.
Junte-se a nós nesta empreitada de pensar, criar e organizar caminhos para tornar esta missão de mudança um verdadeiro triunfo!