Todo o nosso universo de percepção de sons, imagens, cores, odores (sim, as fragrâncias envolvem o mesmo princípio), assim como a mágica do amor, são produzidos por informações cerebrais e não pelas leis acústicas ou óticas. Da próxima vez que você assistir a um concerto orquestral ou sentar-se à beira de um bosque ao entardecer, ouvindo o coral de pássaros e assistindo às transformações das cores do pôr do sol, pense sobre a fonte de todos esses estímulos sensoriais. Os vários instrumentos da orquestra e os diferentes cantos dos pássaros estão vibrando nas moléculas do ar de modo único, e a atmosfera reflete os raios solares de diferentes comprimentos de onda. Toda essa física tem seu próprio fascínio, mas não produz uma sinfonia ou um pôr do sol deslumbrante. O som cativante da sinfonia e as cores inebriantes do pôr do sol são produzidos no cérebro. São presentes que o Criador nos deu por meio de instruções e conexões. Ele programou em nosso cérebro aquilo que a mente usa para transformar vibrações friamente precisas do ar em algo que percebemos como extraordinariamente belo, uma experiência que desejamos compartilhar com alguém que amamos.
Se uma árvore cair na floresta e não houver ninguém para ouvir, esse acontecimento faz algum ruído? Não, ele faz o ar vibrar, mas o som é produzido somente dentro do cérebro.
O que tudo isso significa?
Como as criaturas vieram a ter esse equipamento de audição, visão, olfato e amor em sua cabeça? Por mais de cem anos, a ciência vem explicando tal fato como resultado de mutações e seleção natural – processos naturais puramente impessoais. Sugerimos neste texto uma interpretação diferente, que leve a descobertas fascinantes sobre a natureza do som, das cores, do sabor, da beleza, do amor e da genialidade inventiva do Criador que as produziu. Como podemos estar tão certos de ver a mão do Criador nisso tudo? Na verdade não podemos provar isso, da mesma forma que ninguém pode comprovar o contrário, mas cremos que é uma escolha filosófica perfeitamente racional.
A ciência pode contribuir muito no sentido de fazer-nos compreender como nosso cérebro e outros sistemas naturais trabalham e como os organismos mudam. Há evidência abundante para a microevolução e para o surgimento de novas espécies, mas há uma grave falta de indícios convincentes de um mecanismo genético que produza um novo sistema orgânico, ou que transforme uma forma animal básica em outra*. Não podemos provar que o cérebro não poderia evoluir sem a existência de um Projetista inteligente, mas as ciências naturais carregam o pesado fardo de ter de nos provar que poderia. Mesmo a melhor ciência não dispõe de provas para demonstrar que as maravilhas do cérebro humano, por exemplo, poderiam surgir sem um sábio Projetista que compreende e inventou um órgão tão sofisticado e habilidoso – um órgão capaz de produzir uma sinfonia de sons, imagens e amor, que torna a vida tão bela.
Na visão da ciência moderna, as leis impessoais da química e da física são a verdade definitiva. Mas cremos que Deus é um Ser real e em Seu universo as relações pessoais são de importância primordial. Deus é o autor e mantenedor das leis da natureza, e Ele as usa de forma consistente para fazer funcionar o Universo. Mas elas não são Seu motivo para a criação e nem Sua mais valiosa feitura. Para Deus, as relações pessoais e a capacidade de amigos compartilharem as maravilhas estéticas do Universo por Ele criado são muito mais importantes que as leis naturais. As leis da natureza são somente Seus instrumentos para prover algo mais importante – seres vivos racionais capazes de experimentar relacionamentos e responder ao seu amor.
Os seres humanos nunca poderão compreender a Deus enquanto não entenderem e aceitarem Sua natureza como um Ser real, para quem a lei natural é tão somente um meio de dar sustentação a Sua mais alta prioridade – as relações de amor entre seres que podem manter relacionamentos de confiança, porque escolheram livremente assim fazer.